Walter Casagrande acredita que o Corinthians pode se complicar ainda mais no aspecto financeiro, se continuar inflando a folha salarial com altos vencimentos. No “UOL News Esporte” desta terça (08), ele repercutiu as investidas do clube pela contratação de Carlos Vinícius, que está disponível no mercado, e alertou que a prioridade do alvinegro deveria ser a quitação de dívidas, e não o aumento destas.

No entendimento dele, o Timão precisa de reforços pontuais para compor o elenco de Dorival Júnior. Contudo, esse ponto poderia ser deixado em ‘segundo plano’, já que a equipe não corre riscos de queda no Brasileirão. Neste contexto, ele pontuou que organizar a casa teria que ser o principal objetivo da atual diretoria, que assumiu o clube em meio ao processo de impeachment de Augusto Melo.

“Eu acho que a necessidade do Coríntios é pagar conta. Deve para clubes, jogadores e jogadoras do futebol feminino. Precisa se esforçar. Deveria ter investigações de muitas contratações, dos valores pagos. É inadmissível o tamanho da dívida. Olha o que feito na gestão do Duilio e nessa do Augusto Melo”, avaliou o ex-jogador.

Carlos Vinícius deseja vinda para o Corinthians

Depois de concluir o vínculo com o Fulham, Carlos Vinícius está livre no mercado. Disposto a fechar com o alvinegro de Parque São Jorge, o jogador de 30 anos chegou a diminuir a pedida salarial para chegar a um acordo, entendendo a realidade financeira do clube, que não visa fazer investimentos estratosféricos na janela de transferências como aconteceu no último ano, em meio aos riscos de rebaixamento no Brasileirão.

Nos bastidores, o jogador com passagens por Fulham, Benfica, Monaco, PSV, Galatasaray e Tottenham já indicou que o Timão é a principal prioridade no momento. Tendo construído toda a carreira fora do Brasil, o atacante se profissionalizou em 2017, pela Caldense, após ter passado pela base do Santos e do Palmeiras.

Casagrande elenca erros do Timão no mercado

Ainda nos comentários sobre o tema, Casagrande citou três investimentos que o Corinthians empregou cifras astronômicas, mesmo sem ter condições financeiras para fazê-lo, e não conseguiu o retorno esperado nos casos com Igor Coronado, que deixou o clube após sete gols em 67 jogos, e se transferiu para o Al Sharjah, e o zagueiro Diego Palacios, que só jogou quatro vezes com a camisa alvinegra, por conta de lesão.

“O Coronado, por exemplo, veio ganhando R$ 2 milhões por mês sem ter jogado em nenhum grande time da Europa e do Brasil. O que o Corinthians ofereceu para o Memphis foi uma coisa fora do comum. O Palácio foi contratado contundido, com problemas no joelho, e não é um jogador barato. O Corinthians precisa de jogar, mas não é um time para cair, então, paga conta, paga o que deve”, complementou o ex-jogador.