A divulgação do áudio do VAR pela CBF trouxe à tona a conversa que levou à expulsão de Charles na derrota do Corinthians para o Red Bull Bragantino por 2 a 1, pelo Brasileirão. O volante, que entrou no fim da partida, recebeu o vermelho após a assistente Fabrini Bevilaqua alertar a árbitra Edina Alves, que inicialmente deu apenas amarelo.

Como foi o diálogo para a expulsão do Corinthians

Inicialmente, Fabrini relatou que viu um tapa no rosto, mas não tinha certeza se acertou Jhon Jhon.

“Manda embora, Edina. Deu um tapa na cara”, diz a assistente.

Em seguida, Edina questiona “O que aconteceu” e “Quem viu?”. O responsável pelo VAR, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral primeiro pede a confirmação do cartão e a árbitra cita que foi amarelo, mas volta a questionar Fabrini.

“Eu vejo um tapa, mas não sei se acerta ou se ele finge que acerta”, diz a assistente.

Mesmo assim, Edina resolve mudar para o cartão vermelho, mesmo com Fabrini reforçando que não tem certeza se o jogador do Corinthians acertou o do Red Bull Bragantino.

“Eu vejo, mas não sei se acerta. Vejo o tapa e vejo o cara caindo, mas não sei se ele acerta”.

Após a aplicação do vermelho para Charles, o VAR reviu o lance e validou a decisão do camposem a necessidade de pedir para Edina rever o vídeo: “Checado e confirmado. O número 35 desfere um tapa no rosto do seu adversário.”

Mudança na súmula

Durante o jogo, Edina não fez gesto que retirou o cartão amarelo, o que também revoltou o Corinthians. Entretanto, na súmula, a árbitra retificou o erro ao indicar que anulou a advertência e manteve apenas o vermelho direto.

Sendo assim, Charles cumprirá suspensão automática e seguirá com os mesmos dois cartões amarelos que possuía antes da rodada.

Corinthians protesta contra a arbitragem

Esse não foi o único lance que deixou a diretoria do Timão inconformada. José Martínez também foi expulsoapós receber o segundo amarelo, em jogada que gerou muita reclamação por causa da dúvida se houve falta.

Após a partida, o presidente do clube Osmar Stabile, pediu providências da CBF.

“Achei uma aberração o que aconteceu aqui hoje. Não estamos discutindo se (o árbitro) é homem, mulher, quem é que está, estamos falando da arbitragem. O critério que foi utilizado, a gente não está discutindo se foi ou não foi, estamos discutindo o critério”, afirmou o dirigente.