Nesta segunda-feira (2), o Dr. Ricardo Cury, que representava Augusto Melo no inquérito da Polícia Civil envolvendo o contrato do Coríntios e a casa de apostas VaideBet, comunicou que não trabalha mais para o por hora ex-presidente alvinegro.

Em nota oficial, o advogado afirma que a “estratégia de defesa” foi alterada por “outros colegas”. Além disso, o texto cita que não houve “ciência prévia” das ações executadas recentes envolvendo o dirigente, como foi no caso do último sábado (31),

Augusto Meloatravés da sua assessoria, reforço a informação de Ricardo Cury, que trabalhava com ele desde a campanha eleitoral em 2023 e que agora Zé Eduardo Cardoso e sua equipe irão cuidar da assessoria jurídica do dirigente.

Entenda o envolvimento de Augusto Melo no caso VaideBet

Afastado da presidência do Corinthians, o dirigente foi indiciado pela Polícia Civil no dia 22 de maio por suspeita de envolvimento em crimes de furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa no inquérito envolvendo o contrato assinado entre o clube e a casa de apostas VaideBet.

Segundo a apuração da Polícia Civil de São Paulo uma parte da comissão que foi paga pela empresa na negociação foi repassada para a UJ Football Talent Intermediação Ltda. De acordo com a investigação, essa empresa teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado do futebol.

Além de Augusto Melomais três nomes foram indiciados:

• Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do Timão
• Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing
• Alex Cassundé, dono da empresa responsável pela intermediação do contrato

Nota oficial de Ricardo Cury

“A partir desta data (02 de junho), o escritório de advocacia “Cury e Augusto Neves” – através de seu sócio Ricardo Cury – comunica que não mais patrocina os interesses de Augusto Pereira de Melo.

A estratégia de defesa foi reorientada nos últimos dias por outros colegas e ações foram decididas e executadas sem que o nosso escritório tivesse ciência prévia ou qualquer concordância.

A atuação do escritório, desde o início, foi pautada pela serenidade, temperança, respeito aos órgãos e à institucionalidade do Corinthians e sustentação de argumentos jurídicos sólidos.

As teses construídas se referem às diversas nulidades do processo de destituição (caso VaideBET) de Augusto Melo e de inexistência de qualquer elemento objetivo a justificar o seu indiciamento no inquérito policial em curso, seja ação ou mesmo omissão indevida.

Seguro da consistência das teses de defesa e estratégias construídas ao longo de vários meses de trabalho, mas desautorizado na mudança abrupta de rumo e alijado do processo de decisão, o escritório renuncia a todos os poderes que lhe foram outorgados e deseja toda a sorte para Augusto Melo no retorno à função presidencial para a qual foi eleito democraticamente.”