Caio Ribeiro compara Hugo Souza ao nível de Ederson e Alisson:

Hugo Souza, em treino da seleção brasileira (Rafael Ribeiro – CBF)

Caio Ribeiro vê Hugo Souza em plena evolução atuando pelo Corinthians. Apesar da carreira sólida construída por Alisson e Ederson na Europa, o ex-jogador avalia que, no momento, o camisa 1 do Timão não pode ser colocado abaixo dos compatriotas. Neste contexto, através do aperfeiçoamento com a bola nos pés, especialmente na saída de bola, a tendência é de consolidação de um goleiro completo.

“Eu acho que o Hugo Souza, do Corinthians, não deve nada aos dois. Ele pega muito! Precisa melhorar o pé dele, precisa tomar um pouco de cuidado com o excesso de confiança na saída de bola. Mas ele pega muito! Eu teria o Ederson e o Alisson (no grupo) sem dúvidas, mas gostei muito dessa iniciativa do Ancelotti.”, disse Caio Ribeiro, ao Flow Sport Clube, na apresentação do Cartola do Mundial.

Diante dos cenários imprevisíveis na Copa do Mundo, Caio Ribeiro defende alternativas entre os suplentes da seleção. Levando em conta que Hugo Souza possui uma forte imponência para defender cobranças de pênaltis, a presença de um especialista em lidar com os arremates no mata-mata é visto como algo crucial na seleção brasileira.

“O Weverton, do Palmeiras, está com mais de 33 anos. O Bento é muito bom goleiro e estava machucado… mas tem que buscar alternativas diferentes. O terceiro goleiro ou o reserva têm que ter uma margem de crescimento. Tem que pensar um pouco fora da caixinha. Se não, é mais do mesmo. Você já sabe que alguns desses caras não deram a resposta esperada. Uma coisa é jogar no clube, outra coisa é jogar na seleção. A pressão é diferente.”, prosseguiu.

Caio Ribeiro reprova prioridade ligada ao futebol europeu

Respeitando o currículo de Alisson e Ederson, Caio Ribeiro não concorda que os goleiros tenham cadeira cativa apenas por atuarem na Europa. Ciente da diferença entre atuar por clubes e na seleção, o comentarista espera que o goleiro titular do Brasil faça jus, nos momentos decisivos, ao posto em questão.

“Sabe o que me incomoda nessa discussão? É quando o único critério é só o fato do cara jogar na Europa. Eu não tenho o que dizer de Alisson e Ederson. São dois dos maiores goleiros da atualidade. Campeões com o Liverpool e City, pegam muito. Não dá para questionar a qualidade dos dois. Mas, na seleção, talvez não funcione. Eles tiveram oportunidades e não aproveitaram. Eles vão continuar sendo chamados e sendo titulares por conta somente de jogar na Europa? Não estou dizendo que eles não mereçam estar lá, são dois grandes goleiros.”, afirmou.

Mudanças ao longo da Copa do Mundo

Embora a preparação antes da Copa do Mundo reserve um grande empenho, não existem garantias de que o modelo utilizado vai garantir bons resultados. Para que soluções sejam encontradas no decorrer do torneio, Caio Ribeiro, mencionado dois casos de times que acabaram campeões, ressaltou a necessidade de um grupo 100% qualificado.

“É o encaixe durante a competição que a gente fala. Às vezes, você faz um ciclo maravilhoso, não encaixa na competição e cai fora. Às vezes, você chega cambaleando, como aconteceu várias vezes com o Brasil, de repente você se fecha e encontra um modelo de jogo. Em 94 foi assim, e com a Argentina foi assim.”, externou.

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