Casagrande não vê compatibilidade entre salários e qualidade no Corinthians

Memphis Depay em ação pelo Corinthians (Alexandre Schneider/Getty Images)
Com a terceira folha salarial mais cara do futebol brasileiro o Corinthians começa nesta quarta-feira (30) o duelo com o arquirrival Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil, única competição na qual o time alvinegro tem chance de levantar mais uma taça na temporada na visão da maioria dos especialistas. Segundo Casagrande o elenco corintiano é caro demais para o que apresenta em campo.
Em participação no “UOL News Esporte”, no YouTube, o comentarista destacou que a qualidade dos jogadores do elenco do Timão não condiz com os altos valores salariais que eles recebem no clube. “Na minha visão, a folha salarial do Corinthians não é compatível com a qualidade do grupo que ele tem”, iniciou Casão.
“Eu não acho que esses jogadores não deveriam estar no Corinthians porque são caros. Não, não. Fora o Memphis, os outros poderiam estar no Corinthians. Só que não com os salários que os caras ganham”, completou sobre o grupo de jogadores do Corinthians, que só fica atrás de Flamengo e Palmeiras, no quesito folha salarial.
Casão ainda deu o exemplo do meio-campista Igor Coronado como um grande erro da diretoria. Contratado no ano passado e ganhando cerca de R$ 2 milhões entre salários e luvas, o atleta foi pouco utilizado e acabou acertando a rescisão contratual na metade desta temporada para se transferir ao Sharja FC, dos Emirados Árabes.
“O Igor Coronado, que já foi embora, ficou um ano ganhando R$ 2 milhões por mês e sem jogar. Eu estou dando um exemplo. A culpa não é do Coronado, a culpa é dos caras que trabalham lá no Corinthians, que fizeram um elenco de qualidade média só que com um salário de jogador de seleção brasileira no auge”, apontou Casagrande.
Mauro Cezar cobra protagonismo de Memphis no Corinthians
Diante do clássico contra o Palmeiras, com o primeiro jogo hoje (30), logo mais às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, o camisa 10 Memphis Depay terá mais uma chance de marcar pela primeira vez com a camisa corintiana em partidas decisivas contra adversários importantes. O holandês ainda não conseguiu balançar as redes em clássicos pelo Timão.
“O que falta a ele é justamente aparecer em jogos mais relevantes com destaque. Ele tem números bons, assistências, gols. Ele é um jogador acima da média do futebol brasileiro, isso é óbvio. Mas a questão é justamente essa”, ponderou o jornalista Mauro Cezar Pereira, também durante participação no “UOL News Esporte”.
“Por exemplo, na própria final do Paulista, ele só se destacou subindo na bola. O gol decisivo, o gol do título, foi o gol do Yuri Alberto, fora de casa, que foi 1 a 0 do placar agregado. Essa é outra oportunidade para o Memphis”, completou o comentarista esportivo, lembrando do lance que ficou marcado na decisão do Paulistão, em Itaquera.
Muitos críticos apontam a falta de gols de Vitor Roque em jogos decisivos pelo Palmeiras. Mas para Mauro Cezar, Depay está devendo da mesma forma que o palmeirense. “O que foi falado para o Vitor Roque vale pra ele também: qual o jogo grande que o Memphis Depay fez a grande diferença para o Corinthians? Até agora não aconteceu.”
Na Sul-Americana do ano passado, ficou pelo caminho. Na fase preliminar da Libertadores, ficou pelo caminho. Na Sul-Americana, ficou pelo caminho. No Campeonato Paulista ganhou, mas ele não foi o personagem decisivo. É uma outra oportunidade para ele, lembrando que a Copa do Brasil é o que resta para o Corinthians. Se for eliminado, vai ficar de agosto até 21 de dezembro para ficar só no Brasileiro”, concluiu Mauro Cezar.

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