Corinthians é condenado a pagar indenização a ex-jogador
Kauê Souza jogador da base do Corinthians
O Corinthians foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 2,5 milhões ao ex-jogador Kauê Moreira de Souza. A decisão veio da 6ª Vara do Trabalho de São Paulo, sob o comando do juiz Ivo Roberto Santarém Teles.
O clube deverá pagar R$ 50 mil por danos morais e R$ 12 mil mensais até setembro de 2035. O valor é referente a uma pensão por incapacidade parcial. O pagamento seguirá até Kauê completar 35 anos.
O ex-volante defendeu o Coríntios entre 2019 e 2024. Nesse período, sofreu com várias lesões no joelho direito e teve que passar por diversas cirurgias. Por causa disso, ele processou o clube em março, alegando que as contusões encerraram sua carreira precocemente. Portanto, considerando responsabilidade do Alvinegro no desfecho.
Justiça reconhece acidente de trabalho
Uma perícia médica confirmou que Kauê teve lesão grave no tendão patelar. O problema deixou sequelas permanentes e limitações de movimento. O laudo apontou dores crônicas, perda de força muscular e incapacidade parcial para atividades esportivas.
O perito concluiu que o jogador perdeu cerca de 15% da mobilidade e não poderia seguir no futebol profissional. O juiz considerou o caso como acidente de trabalho. Assim, reconheceu a responsabilidade do Corinthians pelo encurtamento da carreira do atleta.
Com base nisso, determinou o pagamento mensal da pensão, além de 13º salário e férias proporcionais. O valor deverá ser depositado até o fim do contrato estipulado pela sentença.
Carreira promissora interrompida por lesões
Kauê chegou ao Corinthians em 2019, vindo de um projeto de base de São Paulo. O volante se destacou pela força física e regularidade. Mas as lesões começaram cedo e se agravaram a cada temporada.
Entre 2020 e 2023, ele passou por várias cirurgias no mesmo joelho. Mesmo com reabilitação, nunca conseguiu recuperar o desempenho anterior. Em 2024, aos 24 anos, encerrou a carreira profissional.
A defesa do jogador alegou que o clube falhou na recuperação e no acompanhamento médico. Segundo os advogados, o Corinthians não ofereceu tratamento adequado após as cirurgias. Isso teria comprometido de forma definitiva a condição física do atleta.
Caso reacende debate sobre responsabilidade dos clubes
A decisão judicial reacende a discussão sobre o cuidado com jovens atletas. Especialistas lembram que jogadores da base dependem totalmente da estrutura dos clubes para tratar lesões. Quando o suporte falha, o risco de encerramento precoce da carreira é alto.
A Justiça reforçou que o Corinthians tinha obrigação de garantir reabilitação completa ao jogador. O clube é responsável por acidentes ocorridos durante o vínculo profissional.
O Corinthians preferiu não se pronunciar sobre o caso. A assessoria informou apenas que o departamento jurídico avalia se apresentará recurso. O clube ainda não procurou o jogador para um possível acordo.

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