Exatos 20 anos depois, um movimento de conselheiros do Internacional tenta mobilizar a direção do clube a ir à CBF buscar o “reconhecimento” do título do Brasileirão de 2005. O tema ganhou evidência novamente por conta do recente lançamento da série “A Máfia do Apito”, exibida no SporTV, onde o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho – flagrado no envolvimento de apostas esportivas na época – chega a admitir que mudou o campeão e que a taça deveria ser dos gaúchos e não do Corinthians.

O assunto entrou em pauta no programa “Os Donos da Bola”, da TV Bandeirantes, na última sexta-feira, mas o apresentador Craque Neto não levou muita fé nesta demanda do Internacional junto à CBF. Irônico, disse que o time teria mais chances se tivesse o “advogado do Flamengo” em sua comitiva.

“Tem que pegar o advogado do Palmeiras”, iniciou o ex-jogador e comentarista Souza. “Pode ir na CBF, mas não vai ganhar. Se pegar o advogado do Flamengo ganha. Aí é tricampeão. Vão dar uns três títulos de uma vez. ‘Ah, vieram pegar o de 2005? Peguem mais’. Não é verdade? (risos)”, disparou Neto, na sequência.

Comandado por Muricy Ramalho, o Internacional terminou o Brasileirão com um ponto na frente do Corinthians em 2005 sem a anulação dos 11 jogos apitados por Edilson Pereira de Carvalho. A decisão do STJD de remarcar essas partidas, no entanto, acabou beneficiando o time paulista, que refez dois jogos que havia perdido e anexou quatro pontos na sua campanha, ultrapassando o Colorado.

Para completar toda a turbulência daquela temporada, o árbitro Márcio Rezende de Freitas não marcou pênalti e ainda expulsou Tinga por simulação no confronto direto entre as duas equipes em São Paulo. O duelo terminou empatado em 1×1, em um resultado que foi favorável para o Coríntios seguir na liderança.

Conselheiro colorado explica o caso

Em recente entrevista concedida à ESPN, o conselheiro colorado, Leonardo Aquinoexplicou o movimento que começa a existir dentro do clube para que essa demanda seja levada para a análise da CBF:

“Erros de arbitragem ocorrem diversas vezes, mas foram anuladas algumas partidas que não tinham gravação, nada, outras que os apostadores admitiram que não tiveram ganhos. O Inter dormiu em 1° e acordou em 3°. Sem a anulação, o Inter seria campeão. Os gremistas, quando falam sério, reconhecem que o Internacional é o legítimo campeão. Aquilo foi uma injustiça e há necessidade de se reconhecer o correto”, citou.