Marcelinho Carioca, dono de opiniões sinceras, não vê Memphis Depay ocupando o posto de craque. Apesar do protagonismo atrelado ao camisa 10 do Corinthians, o ex-jogador é bastante rigoroso ao definir os atletas que, de fato, merecem o status em questão. Neste cenário, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Zico foram mencionados como exemplos em relação ao mais alto patamar do futebol.

“Ele não é aquele craque. Não é craque. Craque que eu vi foi Ronaldinho Gaúcho, Djalminha, astronômico, Petkovic, algo sublime. Romário, o Fenômeno nem se fala. Zico, vi de pé. Maradona, vi de pé, isso é craque. A palavra é muito forte para colocar craque. O craque, ele decide. O craque antevê a jogada, o Neymar nos grandes tempos. Craque, craque não, ele é bom jogador. Bom jogador.”, disse Marcelinho Carioca, ao “Abre Aspas”, do GE.

Ao contrário de outras épocas, Marcelinho Carioca não enxerga craques no atual elenco do Corinthians. Embora tenha citado Hugo Souza e Carrillo, o ‘Pé de Anjo’ ressaltou que os bons jogadores não podem fazer parte da prateleira de elite.

“Não, de maneira nenhuma. O Hugo (Souza) é goleiro diferenciadíssimo, de seleção, mas assim, o Corinthians não tem craque. Carrillo é muito bom jogador, mas jogador normal. Entre o bom jogador e o craque a diferença é gigantesca.”, prosseguiu.

Escassez no futebol brasileiro?

Abrangendo o assunto, Marcelinho Carioca considera que a falta de craques não é uma exclusividade do Coríntios. Diante da ausência de jogadores que causem admiração de todas as torcidas, o ídolo do clube alvinegro citou apenas Estêvão, negociado junto ao Chelsea, como possível integrante do grupo que esteve no futebol brasileiro recentemente.

“É difícil você achar um talento. Surgiu no Palmeiras o Estêvão, que é diferente no drible, na velocidade, na inteligência, e a Europa já pegou… Agora, qual o craque que surgiu no São Paulo? Um craque que surgiu no Corinthians? Um craque que surgiu em um Flamengo, num Grêmio, num Inter? Não tem, não tem.”, externou.

Marcelinho Carioca enfatiza obrigação no Corinthians

Em busca do título da Copa do Brasilo Corinthians segue lidando com problemas financeiros graves. Mesmo que eventuais atrasos salariais causem um forte incômodo, Marcelinho Carioca defende que, acima de tudo, o prazer de vestir uma das camisas mais pesadas do futebol nacional deve sempre motivar o esforço máximo em campo.

“O cara tem que ter o prazer de entrar na Neo Química Arena e ter 46 mil pessoas, ter o prazer de que se ele fizer um golaço no domingo, o gol dele estará no Fantástico. O cara tem o prazer de ser o craque da rodada, receber bola de prata, bola de ouro. O gol dele vai estar no Globo Esporte. A gente pequenininho sonhava com isso, não tem como o jogador falar que ele não sonha nisso. Ele sonha nisso, ser campeão no clube de massa. E não interfere em nada, porque o Corinthians pode atrasar um mês ou o Flamengo vai pagar. Agora, cadê o prazer dele jogar bola?”, opinou.