Milton Neves repercutiu o ambiente político conturbado do Corinthians, que culminou no afastamento do presidente Augusto Melo por impeachment. O dirigente tentou retornar ao cargo conduzido por aliados no último sábado (31), desafiando o presidente em exercício Osmar Stabile. Ao mesmo tempo, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, acusou Melo de tentativa de golpe.

Em sua coluna no UOL, o jornalista lamentou a situação, que teve como consequência a invasão das torcidas organizadas do Coríntios à sede social do Parque São Jorge nesta terça-feira (3). Os torcedores chegaram a colocar correntes nos portões do local, como forma de protesto pelas últimas administrações. “O Corinthians está em guerra!”, exclamou Milton Neves no blog.

Ao mesmo tempo, o comunicador mencionou o Santos como um clube que passa por uma situação parecida politicamente, que reflete no desempenho em campo. “Talvez viva a maior crise de sua centenária história”, definiu Miltão, que alertou para os riscos do Alvinegro Praiano ser rebaixado novamente no Brasileirão Série A.

Confira os valores das dívidas de Corinthians e Santos

Somado a uma dívida de R$ 85 milhões pelos direitos de imagem de Neymaro Santos deve um total de R$ 447 milhões. Já o Corinthians possui um rombo ainda maior, de R$ 2,46 bilhões, com o valor sendo ampliado em R$ 829 milhões no ano passado, já na gestão Augusto Melo. Mesmo assim, Milton Neves considera o momento santista pior. “Mais dramático”, resumiu.

“Apesar da dívida menor, o Peixe tem menos torcida, menos força econômica e menos apelo comercial. Vai ter que suar sangue para sair dessa. O Corinthians, por pior que esteja administrado, ainda é uma máquina de gerar receita”, avaliou o comentarista, que mesmo assim não escondeu o pessimismo com o futuro do Timão e do Peixe. “Hoje, só um milagre salva Corinthians e Santos“, pontuou.

Milton Neves exaltou organização do Palmeiras

Em contrapartida, Milton Neves colocou o Palmeiras um patamar acima dos rivais. “É o único gigante paulista que ainda representa dignamente o futebol bandeirante”, frisou, creditando ao ex-presidente Paulo Nobre, que dirigiu o clube entre 2013 e 2016, a estabilidade financeira alviverde.