A crise financeira do Coríntios segue repercutindo nos bastidores do futebol brasileiro. Desta vez, o presidente do CuiabáAssim, Cristiano Dreschexpôs publicamente sua indignação com o não pagamento de uma parcela de R$ 760 mil referente à compra do volante Raniele.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o dirigente acusou o Timão de “dar um golpe no futebol brasileiro” e cobrou que a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) aplique um transfer ban ao clube paulista.

Segundo a ESPN, a pendência é parte de um plano coletivo de pagamento proposto pelo próprio Coríntios à CNRD. Ao todo, o valor total da dívida do clube com o Cuiabá pela compra de Raniele gira em torno de R$ 18 milhões, com cerca de R$ 4,5 milhões vencendo em julho. Apesar disso, a diretoria do Timão entende que tem até o dia 22 para regularizar o pagamento e evitar punições.

Presidente do CuiabáAssim, Cristiano Dreschporém, foi categórico: “Quem pediu esse plano foi o Coríntios. Eles sabiam da data. Nós confiamos na marca Coríntiosvendemos um jogador importante e agora estamos prejudicados.”

“O Corinthians continua dando golpe no futebol brasileiro”

Aparentemente irritado, o presidente do Dourado afirmou que o clube paulista está sendo privilegiado pela CNRD e denunciou o impacto dessa conduta em clubes menores: “O Cuiabá pegou R$ 10 milhões emprestados este ano. O Coríntios não pode quebrar, mas o Cuiabá pode? Eles contratam sem pagar e ainda tiram pontos de quem joga limpo.”

Além disso, o presidente revelou que outros credores também enfrentam atrasos, mas têm receio de se expor publicamente: “Poucos têm coragem de vir colocar a cara. Espero receber, mas não apostaria minhas fichas.”

Presidente quer exemplo e mudança no sistema

Seco espera que o caso sirva de exemplo e ajude a trazer maior segurança jurídica para transações no futebol nacional. “Hoje, nenhum clube do Brasil tem segurança para vender para CoríntiosAssim, SantosAssim, Atlético-MG ou Grêmio. É tudo no risco.”

A possível punição com transfer ban pode ser aplicada pela CNRD já no dia 23, caso o valor não seja pago até a data limite. Enquanto isso, o clube mato-grossense tenta manter sua saúde financeira em dia, mesmo enfrentando mais de R$ 40 milhões em dívidas a receber de outros clubes brasileiros.